sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nesta data, tivemos a grande satisfação de participar de sessão Magna, junto aos nossos IIrm.´. Sereníssimo Grão Mestre Renê Cardoso e o Grande Orador Junior Ferreira. Estão na foto também os IIrm.´. Issac Munhoz, Roberto Plá, Gilvane Garcia e Altamir Wiskow. Logo após sessão de fotos nos dirigimos a cidade de Canela-RS, onde fomos recepcionados no restaurante Estação 28, no qual nos confraternizamos com nossos IIrm.´. do Grande Oriente do Uruguai.
Na data de 27/11/2014, a Loja Fraternidade e Paz N.4 se fez presente em Gramado-RS. Na oportunidade, tivemos a satisfação de participar de uma sessão Magna, de nossa Grande Potência, que teve a finalidade de celebrar e assinar Tratado de Amizade e Reconhecimento com nossos IIrm.´. do Grande Oriente do Uruguai. Na ocasião, também se efetivou o encerramento do ano Maçônico. Tudo transcorreu na mais perfeita harmonia. E assim também tivemos a oportunidade de ser apresentados ao Natal Luz desta cidade tão hospitaleira.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

sábado, 4 de outubro de 2014

Tratados de Amizade

Tratados de Amizade e Reconhecimento.
Neste último mês de setembro, o nosso Gr.´. Or.´. da Franco Maçonaria Mista do Sul do Brasil firmou tratados de amizade com Gr.´. Loj.´. e Gr.´. Or.´. de outros estados do Brasil. Parabéns ao Poderoso Irm.´. Renê C. Cardoso, nosso sereníssimo, por estes passos tão importantes para o crescimento de uma fraternidade forte.



terça-feira, 2 de setembro de 2014

Os espelhos (por V.´.M.´.Gilvane F. Garcia)

Quando somos espelhos
O homem não gosta de se ver no espelho e usa as virtudes capitais como se fossem valores naturais na espécie e não o resultado de um rígido controle dos instintos em busca do autoconhecimento.
Afirmar categoricamente que o egoísmo faz parte da natureza humana faz com que vozes se levantem com inúmeros argumentos para negar à afirmativa.
São muitas as qualidades que ajudam a encobrir o óbvio, mas, como tudo que foge à verdade, há um momento em que a redoma da hipocrisia se desfaz e o ser humano não tem alternativa senão se render às evidências, geradas por sua própria experiência.
É bem verdade que muitos de nós nem chegaremos a nos incomodar com determinados sentimentos; muitos nem fomos tocados pelas virtudes e pela necessidade de aprimorar o caráter e o espírito.
Assim, movidos por um instinto gregário e social aceitamos, sem qualquer reflexão, aquilo que é comum a todos nós.
Todos entendemos que a vaidade é a conseqüência do egoísmo que se vê limitado pela sociedade.
Vaidade é este desejo de estar sempre em evidência e que mostra apenas um malabarista que improvisa virtudes que nem sempre tem o que também não quer dizer que a vaidade seja sinônima de incompetência.
Para Aristóteles, as virtudes e os vícios podem ser definidos pelo critério do excesso, da falta e da moderação.
O vício sempre seria uma conduta ou um sentimento excessivo ou deficiente. Já a virtude seria o sentimento ou conduta moderado.
Para o filósofo, a vaidade peca pelo excesso, a modéstia pela deficiência e a virtude estaria no respeito próprio, diante da vaidade ou da modéstia. Mais uma vez, encontramos a triangulação que encontra no centro a justiça e a perfeição das nossas atitudes e comportamentos.
A vaidade personificada tem sua origem na mitologia grega. Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco e foi punido com a maldição de apaixonar-se de forma incontrolável por sua própria imagem refletida na água.
Sendo eco e reflexo de si mesmo e não podendo levar a termos sua própria paixão, Narciso se suicida por afogamento. Na realidade, este é um assunto que podemos debater a partir do ponto de vista da filosofia, mas que o nosso saber prático permite que todos tenham condições de falar e construir um pensamento a este respeito.
Neste sentido, a arte desempenha um importante papel, na medida em que nos proporciona as grandes noções da vida, por meio de uma experiência emocional. É assim com a literatura, com a música, com o teatro, com a dança.
Identificamo-nos com os personagens e isto nos proporciona uma catarse, uma descarga de desordens emocionais que nos purifica. Interessante observar que para o artista, o simples fato de representar o coloca nos dois lados da questão, além de poder se identificar com os conflitos internos na pele dos personagens, também pode se esconder deles com a mesma ferramenta.
A vaidade, nestes casos, fica encoberta pelo talento, pela contingência profissional, o mostrar-se é socialmente aceito e o palco acolhe a sua grande explosão. Não é de se estranhar que a maioria dos artistas se diz tímida.
A alma humana é a mais completa de todas, não é só instinto, é também sensível, mas o grande diferencial está na racionalidade.
O que nos faz humanos não é deixar fluir os nossos instintos, mas fazermos o uso racional deles.
Em princípio, o ser humano quer ser feliz e para isso pode se contentar com a posse e contato com seus objetos de prazer, como pode precisar alimentar a sua vaidade por meio do reconhecimento de sua excelência pessoal pelo outro.
O homem também pode entender que a felicidade é possível por estar bem consigo mesmo.
É quando ele próprio se reconhece em sua magnitude e busca se premiar por isso, com comportamentos compatíveis com sua maneira de pensar, com valores voltados para si mesmo e que podem ser consumidos no viver bem e na busca da felicidade.
Este é um aspecto do egoísmo que o mal não é real; o que se evidencia é o respeito a si mesmo, e isto é uma virtude.
A presunção mal fundada de si traz em seu seio situações embaraçosas, notadamente na Maçonaria, visto que aqui todos se tratam por Irmãos e presume-se que a verdade deve imperar sempre.
A tão propalada vaidade feminina não traz conseqüências, pois se atém tão-somente na área de estética. A masculina quando não se atém às futilidades torna-se algo de preocupação, encerra-se muitas vezes em disputas desnecessárias, gerando graves problemas de ordem interna, principalmente quando essa vaidade inclui fator poder.
O fator poder é inerente ao ser humano, na Maçonaria no desbastar da Pedra Bruta, ou seja, no seu próprio burilamento cada um recebe a incumbência de burilar a si próprio e aos que estão a sua volta.
Arvorar-se na condição do dever cumprido, de ser possuidor de títulos ou de possuir extensa bagagem maçônica, não contribui em nada para os destinos da Ordem.
Maçonaria se faz no dia-a-dia, na conquista permanente de novos adeptos e na tentativa da melhoria constante da espécie humana. A busca incessante e permanente da verdade faz da Sublime Instituição, organização sem similar.
A permanência da Maçonaria como instituição respeitável como é, deve necessariamente contar com a renúncia das possíveis vaidades de seus membros para o bem comum.
Mas, vemos com freqüência Irmãos desentendidos ou que se fazem de desentendidos, querendo manter a ferro e fogo o seu círculo de poder. Apesar da inerência do poder ao ser humano, o Maçom pelos ensinamentos recebidos não pode a isso se ater.
A perpetuação de uma instituição passa, com absoluta certeza, pelo grau de compreensão de seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças. Cabe a cada um de seus membros renunciarem às vaidades e presunções infundadas para o bem.
A título de exemplo, tem Irmãos que gostam de apologizar-se, em descumprir a legislação em vigor, criando com esses atos bolsões de intransigências, que mais tarde derivam-se na mais pura vaidade e arrogância de ser um descumpridor, notadamente, de um poder que não tem coercitividade, que afinal é o caso da Maçonaria.
Para vivermos em Igualdade, sem qualquer Grau de subordinação, é muito difícil; porém, dentro da Maçonaria é necessário.
Não basta respeitar ao Irmão como homem, deve respeitar como Maçom. Não importa qual o Grau ou Rito que freqüente, importa sim, o respeito pelo ato da Iniciação e pela instituição a que o Maçom pertence.
Esta diversidade que o Maçom possui, deve ela crescer sempre em benefício da ordem, e não transformar-se em um poço de orgulho, egoísmo e vaidade.
Ter vaidade de ser Maçom é muito bom e proveitoso, mas ser um Maçom vaidoso e refém do poder, com absoluta certeza, não trará qualquer benefício à Ordem e aos Irmãos.
Os três principios de sustentação da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não devem ser distorcidas de sua real finalidade. Ao viciar qualquer ensinamento ou distorcê-lo é um perjúrio, os Irmãos devem ter consciência disso.
As reuniões costumeiras e obrigatórias deveriam servir como bálsamo às nossas dificuldades e angústias do dia-a-dia. Infelizmente não é isso que amiúde presenciamos, a praxe é uma guerra surda no sentido de manter posições, ou seja, o “statu quo ante”, isso é incompatível com o princípio da Sublime Instituição.
Entre um homem simplesmente vestido de Avental e um Maçom, tem uma diferença significativa.
O valor monetário que cada um possui, não deveria servir de nível para o empreendimento das ações internas.
Cada expressão monetária entregue para a guarda e aplicação de cada Irmão, feita pelo G.’. A.’. D.’. U.’., deve ser entendida como encargo e não como alavanca do bem ou do mal.
Cada centavo de real confiado a cada um, vai ser exigida a respectiva prestação de contas.
A parábola dos talentos vem a isso confirmar. Ninguém é dono de nada, apenas o seu guardião, os Irmãos devem isso se lembrar, o nivelamento pelo valor monetário disponível por cada um, não serve para a caracterização do reconhecimento e vinculação maçônica.
Cada Irmão deve ser entendido e aceito independentemente, o que vale e significa muito para a Maçonaria são os fatores intrínsecos, isto é, os fatores internos da Ordem, a sua irradiação de valores humanos, hauridos por seus membros em Loja.
A Maçonaria é uma escola de humanismo e disso ninguém pode duvidar. Tanto no estudo da filosofia, da filologia e no campo social, a Maçonaria incute aos seus adeptos essa capacidade de modificação no comportamento e na visão geral da sociedade, notadamente, nas condutas de moral e ética.
Portanto, dentro da Ordem, não há espaço para as vaidades pessoais, devemos sim, preservá-la e mantê-la fora dessas situações tão comprometedoras de seu futuro. Não temos o direito de atentar contra seus sublimes princípios.
Reflitamos de nossas atitudes.

sábado, 23 de agosto de 2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Na data de 30/08/2014, as 9:00 hs, a A.´.R.´.L.´.S.´. Fraternidade e Paz N.4 realizará a iniciação de dois candidatos, que após terem passado por devida sindicância, tiveram seus nomes aceitos e receberam seus Placets de Iniciação. A cerimônia ocorrerá em Gramado-RS, na A.´.R.´.L.´.S.´. Olhos de Hórus N.7, que nos foi muito gentilmente cedida, em face de estarmos ainda com nosso Templo em obras. Os profanos são os Srs. Cláudio da Silva Pottes e Rodrigo Silveira Garcia.
  Queremos aqui deixar o nosso agradecimento, por todo o apoio que temos recebido desta maravilhosa Pot.´. , através do Sereníssimo Grão-Mest.´. Irm.´. Renê de Córdova Cardoso e de todos os demais IIrm.´., que não medem esforço para ajudar e estimular o crescimento de nossa Loja. Obrigado.
  Ven.´.Mest.´. - Irm.´.Gilvane Ferreira Garcia

sábado, 2 de agosto de 2014

No dia 31/07/2014 recebemos em Pelotas a visita do Sereníssimo Grão Mestre Irm.´. Renê Cardoso, juntamente com as "Luzes" de nossa Grand.´. Loj.´. Irm.´. Tânia, Irm.´. Júnior e Irm.´. Leila. Na ocasião tivemos a grata satisfação de almoçarmos juntos, o que nos propiciou estreitar os laços de fraternidade. Após o almoço convidamo-los a conhecer o nosso futuro Templo, onde recebemos ideias importantes para efetuar na reforma a ser feita. Os Irm.´. ficaram satisfeitos com nossos projetos e, como não poderia deixar de ser, se prontificaram a nos ajudar no que for possível. Após a visita ao Templo, um passeio pela praia do Laranjal e posterior retorno de nossos IIrm.´. a Gramado. Caros Irm.´. , ficamos sensibilizados com vossa visita, esperamos ter correspondido em altura, a tamanha distinção. Pedimos ao G.´.A.´.D.´.U.´. que esta seja a primeira de muitas visitas vossa, a nossa cidade. Um T.´.F.´.A.´. a todos.


terça-feira, 15 de julho de 2014

"Um GURU pra chamar de seu"
Como diria um conhecido jornalista ‘É UMA VERGONHA’ toda a sorte de comércio que tem sido feito em cima da tão incompreendida, mas absurdamente procurada “INICIAÇÃO”. Eu mesmo sou constantemente inquirido sobre o tema:
Quando o Senhor vai fazer uma Iniciação? Vai abrir uma turma? Quanto custa? Posso participar?
Dígnos, nunca ‘iniciei’ quem quer que fosse, e JAMAIS PODERIA FAZE-LO!
Na verdade não me entristece, apenas me desaponta o grupo crescente de pessoas que se aproximam da ARTE, e da MAGIA em geral e, depois de um estudo mediocre (mediano), são logo iludibriadas pelas ‘Mestres’ de plantão, pelos ‘Gurus’ da última hora e ‘Guias’ da moda. Pessoas com a capa da sabiência mas o coração profano.
Por uma módica quantia, Frateres, os Senhores podem ser ‘Iniciados’ na Escola X ou na Tradição Y. Podem colocar uma roupinha colorida com um capuz preto e parecerem misteriosos em suas fotos no Orkut e Fecebook. Você, digna Soror, pode dizer-se aos seus amiguinhos que és um Bruxa das Galáxias, Uma Druida genuína ou um Matriarca dos píncaros. Tem pra todos os gostos, cores, vertentes e valores sem prazo de validade e pagamento suavemente divididos no cartão. Pode fazer sozinha se sentindo uma Pop-Star em carreira solo, e até em grupos em pacotes de viajem, na maionese é claro...
Nunca, jamais, alguém poderia realmente conceder uma Iniciação a outrem.
Fui partícipe de várias organizações seculares de ocultismo. Conheço de perto, visto que estudei por anos o sistema, a substância e a filosofia destas organizações. Não começamos ontem como disse uma certa 'coluna da moral e dos bons costumes' de uma certa ‘tradição’. E é justamente tendo por base essa experiência que posso lhes afirmar que:
Iniciação é algo tão íntimo, elevado, espiritual e profundo que qualquer encenação no sentido de concede-la é, quando tanto, um ato simbólico do que AINDA está por ser conquistado.
(Favor, releia o parágrafo anterior)
Quero dizer com isto que não é porque uma espada foi colocada sobre sua cabeça, um manto sobre seu corpo e um título sobre seu ego que és verdadeiramente um INICIADO.
Fraternalmente,
.Caciano Camilo Compostela.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Publicado pelo Ven.´.  Irm.´. Gilvane Ferreira Garcia
- UM POUCO DE HISTÓRIA DA MAÇONARIA MISTA -
Muitos IIr.'. pertencentes a tradicional Maçonaria “masculina”, desconhecem, por não ser divulgada, a existência real da Maçonaria “Mista”, onde são aceitos homens e mulheres.
Aqui no Brasil existem Potencias Mistas tais como a Grande Loja Maç.'. Mista do Brasil, Grande Loja Arquitetos de Aquário (GLADA), Federação Brasileira “O Direito Humano”, estas as mais conhecidas, que possuem Lojas em vários estados do Brasil, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, etc (nas capitais e interior).
A Co-Maçonaria ou Maçonaria Mista, floresceu no último quartel do século passado como um ramo mais moderno da árvore secular pela Maçonaria, cujas raízes desde o final da antiguidade clássica, atravessaram toda a idade e os tempos modernos para se constituírem em nossos dias na admirável instituição propulsora do progresso humano, que ora conhecemos.
A fundação da Co-Maçonaria se deve, sobretudo, à colaboração de dois abnegados pioneiros da missão que à Maçonaria cumpre desempenhar no mundo e que desejavam ampliar e completar essa atuação Maçônica, pela admissão de mulheres nas Lojas Maçônicas. Um desses dois pioneiros foi o Dr. George S. Martin, maçom da mais alta graduação e projeção, que foi o conselheiro e inspirador constante da organização da Ordem da Maçonaria Mista “LE DROIT HUMAN”, em virtude de seu conhecimento e experiência do trabalho.
Outro elemento não menos importante da organização da Ordem foi a sua fundadora a Sta. Maria S. Deraismes, cuja iniciação dentro de uma oficina aberta masculina, veio facilitar a extensão, a outras mulheres, dos privilégios da iniciação maçônica.
Foi a conjugação dos esforços desses dois grandes pioneiros, Ir.'. George S. Martin e Sta. Maria S. Deraismes, que permitiu a organização vitoriosa da Co-Maçonaria.
O Ir.'. George S. Martin, juntamente com todo um grupo de entusiasmo da causa de emancipação feminina, vinha lutando durante muitos anos, pela admissão das mulheres nas Lojas Maçônicas sem conseguir porém realizar esse desideratum, porque a ele se opunham os preconceitos da maioria dos IIr.'. da época. Isto era tanto mais impressionante, quanto a Maçonaria que então, na França, se achava empenhada em luta, praticamente, por sua sobrevivência contra a intolerância clerical. Vinha contando com a colaboração entusiástica de todo um grupo de oradoras e escritoras francesas, que se uniam aos maçons e por estes eram aceitas como colaboradoras e defensoras de ideais maçônicos, porém sem querer admiti-las em suas oficinas.
Entre essas colaboradoras femininas saídas em defesa da Maçonaria, contra a intolerância religiosa, destacava-se, particularmente como oradora e escritora de artigos pela imprensa, a Sta. Maria S. Deraismes, dama da sociedade francesa, de uma família dotada de amplos recursos, que rompendo com o ambiente geral da sociedade da época, se consagrara à defesa dos ideais maçônicos. Com esse fim realizava constantes conferências em sessões públicas, na sede da Maçonaria francesa, e campanhas pela imprensa que a tornavam alvo das mais violentas represálias por parte dos elementos reacionários da igreja.
Existia nessa época, uma entidade denominada Grande Loja Escocesa de França, formada por várias Lojas que se haviam separado do Grande Oriente de França, e em cujas assembléias o Ir.'. Martin e seu dedicado grupo de colaboradores feministas, favoráveis à admissão da mulher, vinha constantemente propondo o ingresso delas nas Lojas Maçônicas, sem conseguir alcançar esse objetivo.
Uma das Lojas filiadas a essa organização, a Loja “LES LIVRES PENSEURS”, tendo como sede à pequena localidade de Pecq, situada na Normandia, deliberou romper com os preconceitos que impediam o ingresso da mulher na Maçonaria, resolvendo iniciar solenemente uma mulher, especialmente escolhida, dando ao ato a maior publicidade e repercussão possível, inclusive, convidando a participar dos trabalhos membros e representantes de toda as demais Lojas Maçônicas. Para receber a iniciação, elegeram a Sta. Maria S. Deraismes, em reconhecimento ao seu abnegado trabalho de defesa dos ideais maçônicos, na sociedade de então.
A cerimônia teve lugar em presença de grande número de maçons, no dia 14 de Janeiro de l882, sendo a Sta. Deraismes iniciada pela manhã, e por comunicação no mesmo dia, aos graus de Comp.'. e de M.'., recebendo então a insígnia deste último grau. Em seguida, realizou-se um banquete maçônico e depois uma grande reunião na Loja, durante a qual o novo membro da Ordem foi saudada com entusiasmo pelos mais expressivos representantes maçônicos presentes, tendo a Sta. Deraismes respondido em vibrante discurso, declarando aceitar os deveres e estar pronta a exercer todos os direitos, resultantes da investidura que recebera.
O Ir.'. George S. Martin, que assistira à iniciação da Sta. Deraismes, estabeleceu junto a esta uma colaboração constante visando facilitar o objetivo comum de ambos, que ora, a de formar uma nova obediência maçônica compreendendo homens e mulheres.
A Sta. Deraismes, passou a realizar o seu apostolado junto as suas amigas e conhecidas mais destacadas, da campanha de defesa da maçonaria e, com o auxílio do Ir.'. George S. Martin, assim foi iniciando e instruindo gradualmente, como maçons durante os anos que se seguiram a sua própria iniciação na Loja “LES LIVRES PENSEURS”. Esse procedimento foi demorado porque essa Loja depois de iniciar a Sta. Deraismes, tendo tido a sua carta suspensa pela sua Grande Loja, resolveu pela maioria de seu quadro renunciar à tarefa, que para si havia escolhido, de admitir a mulher na Co-Maçonaria, ficando assim a Sta. Deraismes como única mulher iniciada em Loja, em França.
Em 4 de Abril de 1893, porém já havia um número de mulheres perfeitamente instruídas pela Sta. Deraismes; com a colaboração do Ir.'. George S. Martin, já alcançara número suficiente de membros para que pudesse fundar a primeira Loja Maçônica Mista, a Grande Loja Simbólica Mista Escocesa de França, “LE DROIT HUMAIN”, (O Direito Humano) da qual se destacou como exemplo de obreira da mais alta conduta moral, a Sta. Deraismes foi a primeira Grã Mestra. Infelizmente, o estado de saúde desta abnegada pioneira da Co-Maçonaria, não lhe permitiu permanecer muito tempo à frente da Ordem, pois no ano seguinte veio a falecer.
O Ir.'. George S. Martin, como Grande Orador da Ordem, permaneceu auxiliando e aconselhando a sua substituta a Sra. Marie Martin, que exerceu o cargo de Grã Mestra com alta distinção e dignidade, até o ano de 1914.
Em 1900 essa nova Grande Loja, tendo em vista a extensão que ia tomando o trabalho da Maçonaria Mista em outros paises, achou conveniente trabalhar também nos altos graus e assim, com o auxilio de IIr.'. possuidores do Grau 33, do Rito Escocês, a Grande Loja Simbólica foi elevada a Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, como única entidade diretora e administradora da Ordem em todo o mundo. Hoje a Co-Maçonaria existe em quase todos os paises.
A Ordem foi organizada de acordo com as Grandes Constituições do Rito Escocês Antigo e Aceito, e as leis e princípios dos Supremos Conselhos adotados na reunião dos Supremos Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceito, na convenção de Lausanne de 1875.
A Ordem nos vários paises conforme o número de Lojas, é constituída por Federações Nacionais e Jurisdições Nacionais. Estas Últimas dependendo mais diretamente do Supremo Conselho e as Federações gozam de mais autonomia, de acordo com os regulamentos gerais por elas elaborados e aprovados pelo Supremo Conselho.
No Brasil a Ordem teve início em 1919 com a fundação de Uma Loja no Rio de Janeiro, sob a denominação de ANITA GARIBALDI, que não consegui firmar. Em meados desse ano fundou-se depois no Rio de Janeiro a Loja ISIS Nº 651, que é a Loja Mãe de todo o trabalho no Brasil e da qual só existe, atualmente, um dos fundadores, o M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Aleixo Alves de Souza, 33º.
Em Janeiro de 1920, ingressou na Ordem o nosso M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Lourenço de Matos Borges, 33º, e em 1923, o nosso M.'.I.'. e P.'.Ir.'. Aleixo Alves de Souza foi nomeado Delegado do Supremo Conselho para o Brasil, cargo que ocupou até 1925, época em que tende se filiado à Ordem, o M.'. I.'. e P.'. Ir.'. Paulino Diamico 33º , o Ir.'. Aleixo propôs que lhe fosse transferido o encargo do Delegado do Supremo Conselho, em vista de sua mais alta graduação Maçônica.
O nosso M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Diamico exerceu essas funções desde 1925 até 1930, época em que se demitiu do cargo sendo novamente nomeado para exerce-lo, o M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Aleixo Alves de Souza que foi substituído um ano depois pela Ir.'. Blanche Guetty que demitiu em 21938.
Em 1945, tendo o Supremo Conselho de Paris abatido colunas em virtude da ocupação na França pelos alemães, o trabalho da Co-Maçonaria, em todo o mundo foi restabelecido pela constituição de três Supremos Conselhos, com sede respectivamente em Londres, Lakespur, nos Estados Unidos e em Adyar, Madrasta, Índia.
Nessa ocasião o nosso M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Aleixo Alves de Souza, foi novamente escolhido para Delegado da Ordem no Brasil, pelo Supremo Conselho estabelecido nos Estados Unidos.
Finda a guerra, os três Supremos Conselhos que haviam dirigido os trabalhos durante as hostilidades, decidiram abater colunas para reconstituição do Supremo Conselho de Paris, a quem, como anteriormente, caberia a direção geral da Ordem Mista no mundo inteiro. Dois anos depois foi realizada em Paris uma grande Convenção da Ordem, que alterou a sua constituição, passando a Ordem a ser regida pela atual constituição de 1947.
Entre 1923 e 1927, fundaram-se várias Lojas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro e, em 1928 foi fundado o Soberano Capítulo Rosa Cruz Amisade nº 82, ao vale da Capital Federal. No ano seguinte as Lojas da Jurisdição fundaram a Federação Brasileira do Direito Humano, tendo como Presidente o M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Paulino Diamico, 33º, representante do Supremo Conelho, como Gr.'.Secr.'. a M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Maria Adelaide Soledade Lopes, 33º e Gr.'. Secr.'. Adjunto o Resp.'. Ir.'. Lourenço de Matos Borges, 33º .
Em 1935, com o fechamento da Maçonaria no Brasil, a Federação abateu colunas, permanecendo em atividade apenas duas Lojas na Capital Federal.
Em 1963 veio a Federação Brasileira “O Direito Humano” a ser restabelecida em Convenção Nacional, realizada em Agosto desse ano, sendo solenemente inaugurada por ocasião da Visita ao Brasil do M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Charles Cambillard, 33, Sereníssimo Grão Mestre da Ordem Maçônica Mista Internacional, “O Direito Humano”.
A direção da Federação Brasileira ficou constituída de seu Presidente M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Aleixo Alves de Souza, representante do Supremo Conselho, do Grande Secretário o M.'.I.'. e P.'. Ir.'. Lourenço de Matos Borges, 33º , do Grande Tesoureiro o Ir.'. João Conrado de Castro Ponte, 33º e do Grande Secretário Adjunto o Ir.'. Ulisses Riedel de Resende, 30º.
Daí em diante, surgiram outras Potencias Mistas as quais, foram relatadas no início desta pesquisa.
Ir.'. José Carlos Lopes - M.'. I.'. - Or.'. de Curitiba - PR

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A beneficência na visão Maçônica
(publicado pelo Irm.´. Gilvane Ferreira Garcia)

A Maçonaria é considerada como uma organização filantrópica porque não visa a obtenção de lucro, ao contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam à beneficência e à busca do bem-estar do gênero humano.
No Tronco de Beneficência, ato litúrgico obrigatório nas Sessões Maçônicas, são arrecadados óbolos para fins caritativos. Originalmente ele foi criado na Igreja Católica pelo Papa Inocêncio III como uma caixa nas entradas das igrejas cujo valor era destinado aos pobres.
Nas antigas “guildas” era costume recolher contribuições dos que podiam ofertá-las, para socorrer os congregados, às viúvas, órfãos, inválidos e servia até para defesa judicial dos membros. Essa tradição passou à Maçonaria. Essa ajuda era praticada principalmente entre os seus membros, pois muitos deles morriam jovens deixando desamparados viúvas e filhos. Apenas no inicio do séc. XX, a Maçonaria brasileira começou a competir com as Igrejas em matéria de caridade a Profanos.
Apesar da Maçonaria ser uma entidade filantrópica, não se considera que ela exista apenas por causa da Solidariedade e da Beneficência. Ao contrário, a solidariedade e a beneficência é que são consequências do aperfeiçoamento do maçom, que “foi criado para as boas obras”, numa visão possivelmente herdada do protestantismo. O socorro aos necessitados faz parte dos juramentos e compromissos de todo maçom.
Em outras palavras, a maçonaria considera a beneficência como uma das principais virtudes que o homem deve praticar, mas a beneficência não constitui a principal finalidade da Maçonaria, sendo apenas consequência natural das doutrinas que ensina. O objetivo principal de uma Loja Maçônica consiste no aprimoramento moral e intelectual de seus Obreiros, em busca de realização da "Grande Obra", que é a transformação de pessoas comuns em pessoas espiritualizadas, com um estado superior de consciência e sentimentos nobres. Há muitos séculos os Maçons se reúnem não com a finalidade de exercer a caridade, mas para procurar a verdadeira luz. Para isso, a Ordem busca de um lado facilitar a procura da Verdade e, do outro, ensinar o duro e penoso trabalho do desbaste da Pedra Bruta.
Embora a Maçonaria americana compartilhe deste objetivo de aperfeiçoamento dos seus membros, que é a tónica da Maçonaria mundial, ela dá grande importância à filantropia, considerando-a como polo essencial da sua atividade, diferente da Maçonaria continental europeia, que considera a filantropia importante, mas não com o nível de essencialidade dado pela Maçonaria dos EUA.
Essa vertente filantrópica predomina de tal forma na Maçonaria americana que ela, apesar de contar com muitos membros ilustres, não tem se preocupado em exercer influência relevante nas esferas de poder político daquele pais. Historicamente, a sua atividade filantrópica foi sustentada pelo grande fluxo de novos elementos ocorridos até a década de 1960, quando se chegou a 4 milhões de maçons naquele pais, levando a outra caraterística distinta da Maçonaria americana, que é a existência de várias Lojas com centenas e até milhares de membros, mas com poucos efetivamente ativos.
Após aquela década, houve progressivamente uma grande redução na quantidade de maçons, acompanhando a mudança global do comportamento da sociedade de menor tendência a filiações em entidades associativas, chegando atualmente a cerca de 1,5 milhões de maçons. Isto tem gerado a necessidade de fomentar o aumento da quantidade de iniciações de novos membros e de assegurar suas rápidas progressões em novos graus, como forma de continuar financiando a atividade filantrópica.
Na Inglaterra a filantropia também tem uma grande importância, mas, diferentemente dos EUA, as principais contribuições são feitas por uns poucos irmãos muito abastados.
Alguns críticos apontaram que existiu em algumas épocas, particularmente nos países católicos, uma dedicação a obras de caridade aparentemente com o objetivo de ganhar simpatia para, através disso, implementar os objetivos de propagação e a aplicação dos princípios sociais maçônicos. Este método foi abertamente rejeitado pela Maçonaria dos países latinos e por muitos Conselhos Supremos do Rito Escocês Antigo e Aceito. Este método foi também repudiado pelas maçonarias germânicas, britânicas e americana. A desconfiança que hoje existe em relação à atuação da Maçonaria se deve ao fato de ao longo do tempo ela ter defendido princípios humanistas que serviram de base para alguns movimentos revolucionários. Realmente, a Maçonaria sempre pretendeu ser uma associação benéfica e progressista, e, por isso, em alguns momentos, participou ativamente de movimentos nacionalistas, como exemplo no Brasil, a independência e a proclamação da República.
Concretizou-se no dia 10/07 o aluguel de uma casa, que após reformas abrigará o novo Templo da Loja Fraternidade e Paz N.4. A casa está situada no bairro Vasco Pires (Areal). A mesma necessita de amplas reformas, até que se torne apta a receber uma Loja Maçônica. Com a efetiva ajuda de todos os obreiros, estimamos uns 20 dias até a conclusão da obra. Agradecemos a todos os irmãos que não mediram esforços para a concretização de tal projeto. TFA

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Café colonial

Café colonial com os IIrm.´. do Gr.'. Or.'. da Franco-Maç.'. Mista do Sul do Brasil, em Gramado-RS

domingo, 30 de março de 2014

Regularização da Loja Fraternidade e Paz e Elevação/Exaltação de Obreiros

Realizou-se no dia 29 do corrente mês, no Templo Eve, em Porto Alegre, a Sessão Magna de Regularização e Filiação da Loja Fraternidade e Paz, de Pelotas/RS, frente ao Grande Oriente da Franco Maçonaria Mista do Sul do Brasil. A Loja passa a chamar-se Augusta e Respeitável Loja Simbólica Mista Fraternidade e Paz Nº 4. A cerimônia propiciou o encontro de todas as Lojas do Grande Oriente: Olho de Hórus; Filhos de Hiram; e Amizade; que recepcionaram a nova Loja do Grande Oriente em clima de grande alegria e emoção. Na solenidade foi instalado o novo Venerável Mestre da Loja Fraternidade e Paz, o Irmão Gilvane Ferreira Garcia, que assume em momento de crescimento e consolidação da Loja, assim como empossados os cargos de 1º e 2º Vigilantes, ocupados pela Irmã Tanise Royes Silveira e pelo Irmão Carlos A. P. Campani. Vale lembrar que o Grande Oriente da Franco Maçonaria Mista do Sul do Brasil vive momento ímpar, quando há poucos dias foi empossado seu novo Sereníssimo Grão Mestre, o Poderoso Irmão Rene Cardoso, e pouco tempo depois é efetivada a filiação da Loja Fraternidade e Paz, assim como anunciada a formalização de Tratado de Amizade com Potência de Santa Catarina. No turno da tarde, a programação continuou com as elevações e exaltações dos Irmãos José Roberto Plá da Silva e Daniela Rodrigues Brizolara, que passam a abrilhantar a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Mista Fraternidade e Paz Nº 4 como Mestres Maçons.





quinta-feira, 13 de março de 2014

Posse do Sereníssimo Grão Mestre do Gr.'. Or.'. da Franco-Maç.'. Mista do Sul do Brasil

Nesta quarta-feira, dia 12, nas dependências do Templo EVE, em Porto Alegre, ocorreu a posse do Poderoso Irm.'. Rene Cardoso como Grão Mestre do Gr.'. Or.'. da Franco-Maç.'. Mista do Sul do Brasil. Em seu discurso de posse, o Sereníssimo Grão Mestre apresentou ambicioso projeto de modenização e ampliação da Gr.'. Or.'., visando a sua qualificação. No ritual também tomaram posse os cargos que irão compor a nova administração do Gr.'. Or.'. A Loja Fraternidade e Paz esteve presente na solenidade representada pelos IIrm.'. Carlos Campani, atual Ven.'. Mestr.'. da Loja, Gilvane Garcia, que assumirá como novo Ven.'. Mestr.'. para este período que se inicia, e José Roberto Plá. Na oportunidade foi anunciada a filiação da Loja Fraternidade e Paz ao Gr.'. Or.'. da Franco-Maç.'. Mista do Sul do Brasil. O Irm.'. Carlos Campani, da Loja Fraternidade e Paz, deverá exercer o cargo de 1º Grande Diácono na nova administração do Gr.'. Or.'. que agora se inicia. A Loja Fraternidade e Paz, na pessoa de seu Ven.'. Mestr.'., Irm.'. Carlos Campani, agradece a calorosa acolhida e parabeniza o Poderoso Irm.'. Rene Cardoso por sua brilhante posse.


Ven.'. Mestr.'. Carlos Campani, Poderoso Irm.'. Rene Cardoso e Irm.'. Gilvane Garcia


Obreiros da Loja Fraternidade e Paz com o Sereníssimo Grão Mestre recém empossado


 Obreiros da Loja na posse do Grão Mestre do Gr.'. Or.'.


Obreiros marcaram presença em solenidade de posse do Sereníssimo Grão Mestre, Poderoso Irm.'. Rene Cardoso

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O VERDADEIRO SEGREDO MAÇÔNICO

O Verdadeiro Segredo Maçônico

Fernando Pessoa

O verdadeiro Segredo Maçônico...
É um segredo de vida
e não de ritual
e do que se lhe relaciona.
Os Graus Maçônicos comunicam àqueles que os recebem,
sabendo como recebe-los,
um certo espírito,
uma certa aceleração da vida
do entendimento
e da intuição,
que atua como uma espécie
de chave mágica dos próprios símbolos,
e dos símbolos
e rituais não maçônicos,
e da própria vida.
É um espírito,
um sopro posto na Alma,
e, por conseguinte,
pela sua natureza,

...incomunicável.

ACÁCIA AMARELA

ACÁCIA AMARELA

Luiz Gonzaga

“Ela é tão linda é tão bela
Aquela acácia amarela
Que a minha casa tem
Aquela casa direita
Que é tão justa e perfeita
Onde eu me sinto tão bem
Sou um feliz operário
Onde aumento de salário
Não tem luta nem discórdia
Ali o mal é submerso
E o Grande Arquiteto do Universo
É harmonia, é concórdia
É harmonia, é concórdia”.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A Abóbada Celeste

A Abóbada Celeste

 
- PROÊMIO AO ESTUDO DA ABÓBADA CELESTE -
Ir.'. Adayr Paulo Modena - M.'. I.'.
Ilustração: Design by Chris


"O QUE É NA VERDADE MAIS BELO QUE O CÉU, QUE, CERTAMENTE,
CONTÉM TODOS OS ATRIBUTOS DA BELEZA?
ISTO É PROCLAMADO POR SEUS VERDADEIROS NOMES,
"CAELUM" E "MUNDUS", ESTE ÚLTIMO SIGNIFICANDO CLAREZA E ORNAMENTO,
COMO A ESCULTURA ANTIGA."
COPÉRNICO - AS REVOLUÇÕES DAS ÓRBITAS CELESTES, 1543
 
Citadinos, cercados por horizontes edificados, dificilmente olhamos para o alto: esquecemos o firmamento! Ninguém mais tem ócio para contemplar. Olvidamos os mitos celestes de antanho, e o céu passou a texto e vivência da tecnologia. A abóbada celeste, palco outrora dos deuses e dos heróis míticos, nada mais tem a dizer ao homem urbano, pois esse cedeu seu lugar aos especialistas. Vênus? Três Marias? Sirius? Poucos são aqueles que aprenderam a identificá-los, e sequer pensam em apontá-los aos filhos.
Hoje, conhecer os planetas e as constelações, seus mitos e estórias, é tão útil, ou inútil, quanto saber o que significaram na História. Assim pensa a maioria, seja ela citadina ou maçônica, e poucos cultuam a celeste tradição de milênios...
Deploravelmente, isso levou a deformações na Abóbada Celeste escocesa. Em alguns templos, as modificações foram tantas que o "painel celeste" desapareceu! E, absurdamente, o substituíram por um simulacro do céu astronômico - pretensiosamente atualizado, enxameado de ene pontos luminosos distribuídos a esmo. Assim, embora artisticamente embelezado e provido de recursos técnicos, como se fora um planetário, ele nada aponta e nada acrescenta à busca do Iniciado, a não ser mostrar seu faiscante mutismo.
Por outro lado, naquelas Lojas que conservaram os cânones celestes do Rito, a sóbria abóbada também está emudecendo - calada por falta de intérpretes!...
Na verdade, aquém e além do Pórtico, a cobertura celeste está dissociada de nossa vivência, seja ela maçônica ou profana.
Segundo Carl Sagan, em "Cosmos", os homens são "filhos das estrelas". Infelizmente, não enxergamos isso no dossel estrelado. Os Augustos Mistérios que lá estão, jazem no dizer ritualístico, letra-morta, pois não tentamos decifrá-los nem buscamos suas mensagens na Abóbada Celeste!
Exagero? Talvez! Mas cultuamos o respeito à Tradição. E essa diz que o teto estrelado das lojas escocesas é uma reminiscência do Antigo Egito que cultuou sobremodo tal conhecimento, acolhido e normatizado no texto inicial do ritual. Daí o nosso inconformismo com mudanças e amnésias ao texto-padrão da cobertura estelar, uma tradição que nenhum maçom - não importando seus títulos ou posição hierárquica - pode mudar, alterar ou esquecer. Quando vemos isso acontecer, seja em reformas ou na construção de templos, ficamos em dúvida sobre o apodo cabível a tais iconoclastas: perjuros ou ignorantes! Pois, ou eles têm conhecimento do texto que regula o assunto, e se colocam acima disso, ou o desconhecem, e, no caso, não estão à altura do cargo ou encargo que exercem nem dos conhecimentos que aparentam ter.
- Querem outra abóbada, céu ou teto? É fácil: troquem de rito!...
Feita a inserção de nossa inconformidade - e veemente repúdio - com o descumprimento da norma que regula o teto do Templo (páginas iniciais do Ritual de Aprendiz do REAA - praticado pelas GGLL Brasileiras), retornemos ao tema em estudo para mostrá-lo a luz de outros enfoques, quiçá mais amenos.
Estórias egípcias contam que Osíris, para presidir o tribunal das almas, diariamente viajava do Oriente para Ocidente em sua "barca solar", tripulada por fiéis vassalos - os glorificados (simbolizados nas estrelas pintadas no teto da Câmara do Sarcófago Real). Por analogia, identificamos os "reais companheiros" de então com os exaltados de hoje, pois, seja há milênios ou nos dias atuais, neles e em nós, por extensão e herança, continua perene o espírito e o trabalho de guardiães da Tradição...
Neste trabalho, com o arcaico "proêmio", forma em desuso para introdução, buscamos realçar o nosso antagonismo às mudanças na abóbada, embora conheçamos outros enfoques, não tão tradicionais quanto o nosso, dentre eles os lavrados pelos renomados irmãos:
Hiran L. Zoccoli, autor da obra "A Abóbada Celeste na Maçonaria", na qual diz que após examinar divergentes estampas do céu maçônico, confrontando-as com a diversidade dos tetos existentes, estudou os fundamentos da Astronomia, concluindo pela incompatibilidade da presença concomitante de tais aspectos na abóbada do templo maçônico. Daí apresentar e postular, calcadas em padrões da Astronomia, duas novas abóbadas: uma para as lojas do Hemisfério Norte, e outra para as do Sul. Nelas insere todas as constelações zodiacais e todos os planetas conhecidos do Sistema Solar, acrescentando na boreal a Estrela Polar e na austral a constelação do Cruzeiro do Sul.
Evidentemente, não concordamos com tal posicionamento. Os nossos fundamentos celestes colidem. Enxergamos a perenidade da Tradição nas "figuras" rejeitadas por Zocolli, enquanto ele, com os olhos da Ciência, buscou a mutabilidade temporal e espacial do firmamento. Donde, a nossa mútua exclusão de tetos...
José Castellani, em diversas de suas obras, e nas revistas "A Trolha" e "O Prumo", diz ser suficiente para Simbologia Maçônica que somente o Sol, a Lua e as nuanças de cor Dia/Noite estejam na Abóbada Celeste, não sendo essencial a presença dos planetas e estrelas, acrescentando que no passado o teto das lojas ostentavam a representação (pentáculos) das doze constelações zodiacais (Rev. "A Acácia" nº 29/1995).
Castellani, conceituado pesquisador, parece preferir um modelo mais antigo da Abóbada Celeste (similar à descrição feita por Prichard em 1730), mas que entendemos válido só em outros Ritos ou, talvez, no Escocês de Obediências não cingidas ao ritual de 1928 das GGLL.
E mais, Castellani, quando mostra o céu maçônico - que diz conter as constelações zodiacais - apresenta uma das "antigas estampas". Mas comete aí um deslize! Aquela gravura, e outras similares, contêm asterismos austrais, boreais, equatorial e somente quatro zodiacais: Virgem, Touro, Leão e Escorpião! Constelações essas que foram os primeiros "marcos" da estrada solar dos deuses celestes, onde mais tarde se agregaram outros quatro e, finalmente, no século VI a.C. o duodenário círculo ficou completo. Portanto, é importante frisar, a Tradição não contempla o céu maçônico escocês com todo o zodíaco, mas sim e somente com a representação daquelas que a antiga Mesopotâmia formatou.
Concluindo, é gratificante constatar que Castellani assevera ser correta a decoração celeste que siga um padrão (e descreve o nosso), dizendo-o sem estrelas a esmo e sem o Cruzeiro do Sul, que aponta como presente em Templos irregulares (Cad. Est. Maç. nº 2 - J.Castellani - pág. 65).
Todo prólogo busca cativar o leitor, predispondo-o em favor da obra que apresenta. Propositadamente, fizemos o contrário: ressaltamos a ignorância que paira sobre o tema em exame, a fim de motivar à ação de conhecer e de restaurar a nossa tradicional abóbada celeste. Nessa missão, nos lançamos à condição de palestrante e de articulista. Agora, transcorrido um tempo razoável, constatamos que a palavra ecoou, mas com pouca eficácia na comunicação escrita; faltou um texto convincente para ativar a imaginação escocesa, fazendo-a recordar os porquês de sua ancestral cobertura. Tal insight é um dos propósitos deste proêmio, quiçá - a bem do Rito -, tenhamos êxito.
Até aqui, de diferentes modos, expressamos a idéia de um painel presente no teto do templo, realmente é isso que lá está, um grande mural ou um enorme afresco. Como tal, não pode espelhar um momento específico ou único do firmamento, mas sim, e simultaneamente, diversos. No mínimo, tantos quantos são os astros presentes na simbólica e alegórica abóbada arquitetada por ignotos mestres e deixada à decifração da posteridade escocesa.
Ouvindo amortecidos ecos da linguagem perdida da Tradição - traduzimos:- meu sobrecéu - com os luzeiros do Dia e da Noite, nuvens, planetas e poucas estrelas -, cobre do Setentrião ao Vale dos Reis ao Meio-Dia, de Albion ao Ocaso ao mundo de Zoroastro no Nascente. Sob tal dossel vi nascer as duas primeiras lojas míticas: a Operativa e a Escocesa! A primeira em Jerusalém, no átrio do Templo em construção - a segunda na Escócia, na Montanha de Heredon em Kilwinning. Acompanhei a construção dos "Castelos de Mil Anos" no Antigo Egito, o Partenon grego, o Coliseu romano e os trabalhos de levantar Catedrais na Europa. Presenciei a recepção dos Aceitos, a Iniciação dos primeiros Especulativos e os magnos eventos maçônicos de 1717. Dou voz à Astréia, Osíris, Cronos, Orion e a muitos outros... Meus asterismos, isoladamente ou no conjunto de suas constelações, evocam o trabalho feito em prol da Humanidade por todos os grandes avatares, filósofos e líderes do Bem, e também simbolizam o Direito, a Justiça, a Paz e a Fraternidade... Em síntese, com meus astros e em suas recíprocas relações físicas e esotéricas, apresento o conhecimento das estruturas míticas, espirituais, históricas e culturais do mundo maçônico.
Duas afirmações da "fala do teto" são basilares, portanto devem ser imediatamente elucidadas (as demais ficam para trabalhos subsidiários), são elas: a dos limites de cobertura e a do número restrito de estrelas. Para a melhor compreensão, vamos vê-las separadamente:
a primeira - quando declaramos que a loja tem a forma de um quadrilongo, repetimos o conceito medieval de que o mundo conhecido não ia muito além da bacia do Mediterrâneo ("o meio da terra"). Conhecimento que, embora bem mais amplo, ainda perdurava entre os Operativos (séc. XI), pois eles, e a maioria dos europeus de então, ainda entendiam a Terra como plana e centrada em Jerusalém. Seus limites refletiam-se sideralmente: ao Norte, a região da ignota e frígida Ursa Maior, ao Sul, as ensoloradas paragens do Egito, com Fomalhaut tangenciando o horizonte, e, longitudinalmente, o curso do Sol, dos páramos dos Reis Magos aos abismos do ignoto Atlântico.
a segunda - do quartado céu das estrelas reais do Mundo Antigo (Mesopotâmia e adjacências), emergem as zodiacais Fomalhaut, Aldebaran, Régulus e Antares, quando, há mais de 4000 a.C., sinalizavam o início das estações. Saber celeste, e mágico, essencial aos ritos religiosos e às atividades agrícolas de então. Conhecimento que Hesíodo, contemporâneo de Homero, aponta como não casual em Os Trabalhos e Dias, mas sábia combinação, pois, na fase primitiva da agricultura, toda regra era uma observância religiosa e moral, cujas leis tinham uma base prática para fazer crescer as colheitas.
Os Antigos, já vimos, tinham somente quatro estrelas reais, no entanto, o texto escocês inclui, no noroeste do teto, mais uma em tal conjunto, e a realça em vermelho - Arcturus, a mais brilhante estrela boreal. A motivação de tal "realeza" explanamos noutro trabalho, contudo, convém relembrar que tal asterismo por seu posicionamento, brilho e cor, tanto pode simbolizar o R.'.E.'.A.'.A.'. quanto a primeira Grande Loja-Mãe do Mundo...
Também postas à reflexão escocesa, temos ainda as quinze estrelas "principais" agrupadas em três conjuntos (3+5+7), acrescidas de mais sete da Ursa Maior, totalizando 22. Curiosamente (?) tantos quantos são os cabalísticos "Caminhos da Árvore da Vida"...
Completando a totalidade de nossas poucas estrelas, sucintamente referenciadas, falta mencionar que, com a Spica, estão todos os Mistérios gregos, com o Sol (estrela de 5ª grandeza), todas as hierofonias, e - fechando o conjunto estelar - com a estrela de cinco pontas, Sírio, está a magna estrela do Egito.
Concluído o exame, e totalizando-o, alcançamos o restrito número de trinta estrelas! Por que tão poucas? Não seria mais lógico, condizente com o Rito, se fossem 33 asterismos? Qual o significado dessa inconcludente série?
Existem algumas possíveis respostas, dentre elas, duas talvez correspondam à idéia-mater dos longínquos mestres da abóbada. Uma decorre das trinta dinastias egípcias, permitindo até acomodar a exclusão dos faraós não autóctones; a outra, apontando a presença de estrelas binárias em Sírius, Régulus e Antares (ocultas à visão desarmada), conclui: 30+3=33...
Zoroastro, no Avesta, assim expressa a abóbada: "há as estrelas, que são os bons pensamentos; as boas palavras são a Lua; e o Sol é as boas ações..." Nós, sem tal expressividade poética, vamos dar continuidade ao nosso périplo celeste, agora enfocando o Sistema Solar presente em nosso teto. De chofre, uma descoberta: não é o do nosso tempo! É o do século XVII, o dos primeiros "aceitos"! Pois ainda não contempla Urano, Netuno e Plutão, mas já conhece anéis e satélites, através da luneta de Galileu, e os faz representar em Saturno e não em Júpiter, embora tenham sido descobertos 45 anos antes nesse do que naquele planeta. Paradoxo? Não! Somente mais uma prova de que a Abóbada escocesa é solidária à Tradição e não à Astronomia, pois em torno de Saturno - a jóia do céu - tais "adornos" têm conotações esotéricas, o que não ocorre com os de Júpiter, daí a presença de uns e a ausência de outros.
Além disso, tal conformidade se reafirma, e se faz inequívoca, com a exclusão de Marte (Ares) e a presença do seu antônimo, o anti-ares (Antares), pois, repelindo aquele astro e acolhendo este, enfaticamente expressa sua repulsa ao simbolismo do ferro e de irrestrita adesão ao fundamental princípio de não-violência no Templo da Paz.
Diz um provérbio hebraico ensinar o antigo é mais difícil que ensinar coisas novas. Repelimos tal assertiva. Ela espelha e propaga a errônea idéia de que a Tradição seja algo estagnado, ultrapassado e sem liames com o presente. Neste trabalho, buscamos desmentir aquela máxima, reafirmar a perenidade da Tradição e tornar fácil a recepção das informações atinentes ao tema em pauta. Moveu-nos o propósito de mostrar que é possível o "re-conhecimento" da Abóbada, da qual fizemos um inacabado esboço, onde alguns astros sequer foram mencionados, uns já publicados e outros em andamento, tais como:
- o neófito - em Aldebaran, no Olho Rutilante do Touro;
- a Torre de Babel, a Iniciação e a tríade egípcia - em Orion;
- o Caos, Zoroastro e o féretro de Osíris - na Ursa Maior;
- Cronos e a Idade do Ouro - em Saturno;
- a régua dos céus, Hiran de Tiro e Éracles - em Régulus;
- o tabu do ferro - em Antares;
- a estrela de cinco pontas - em Sirius;
- os Mistérios gregos - na constelação da Virgem;
- os utensílios do arquiteto, o labirinto e Dédalo - em Arcturus.
Esses títulos e outros abrem os trabalhos complementares em torno da Abóbada Celeste. Portanto, ainda temos muito a navegar nos caminhos de nossa jornada intelectual, que também será de auto-reconhecimento, através dos arquétipos evocados...
Finalizando, há uma indagação que já deveríamos ter elucidado quando buscamos conciliar a quantidade de estrelas com os graus do Rito, ou com a seqüência dinástica egípcia, pois ali estava o contexto pertinente para mostrar por que só duas constelações são vistas na íntegra em nosso teto. Ou seja, todas as constelações estão incompletas, com exceção da Ursa Maior e Taurus. Por quê?
Evidentemente, a resposta não cabe no espaço restrito do fecho deste prólogo. Porém devemos - tal como já fizemos em antecedentes passagens -, deixá-la, no mínimo, expressa de uma forma tal que permita o sumário entendimento do seu arrazoado, o que implica na compreensão, segundo a ótica dos Sarcófagos, de "elevação até o princípio" que entra, através do hieróglifo "SBA"=estrela=porta, na composição de palavras como educar, instruir, ensinamento...
A Astronomia, a Religião e a Antropologia concordam em situar na pré-história a formatação das duas primeiras constelações, a da Ursa Maior e a de Taurus. Também lhes atribuem a mesma motivação ao nome que ganharam - o das grandes feras que povoaram os terrores dos homens -, os quais então, para exorcismá-las, as cultuaram. Coube à Grande Ursa o primeiro destaque: o frio glacial, as grandes tempestades, a deificação do Mal e do Caos... Posteriormente, avançando para as primeiras manifestações da história mesopotâmica, quando o pavor já fora amainado em temor, surge em substituição a "astrolatria" o que alguns especialistas do Sagrado (Cirlot, dentre eles) denominam de "astrobiologia", ou seja, a penetração recíproca da lei astronômica e da vida vegetal e animal. Tudo é, ao mesmo tempo, organismo e ordem exata. A agricultura e a pecuária obrigam a reprodução regular de espécies nitidamente determinadas e o conhecimento de seu ritmo anual de crescimento que está em relação direta e constante com o calendário, quer dizer, com a posição de alguns astros. É o momento do grande Touro - o mítico reprodutor que brama na voz do trovão -, anunciar a Primavera e o "renascimento"...
Tais símbolos arquétipos, como diria C. G. Jung, ficaram impressos no inconsciente coletivo. Portanto, para simbolizar os primeiros passos no sentido da compreensão dos Augustos Mistérios, o Rito Escocês acolheu com destaque no conjunto de suas estrelas "principais" a representação integral da Ursa Maior e de Taurus. Esotericamente é um realce encobrir cânones - assim, o texto normativo ao expressar tais constelações de modo velado, as salienta: a primeira não é dita com quantos asterismos se compõe, e a segunda vem supressa de sua denominação estelar...
Concluindo, em nossa abóbada escondem-se os princípios morais, as leis naturais, os grandes contrastes e transformações que regem o transcurso da vida cósmica e humana. Há em seu contexto um pensamento orientado. um eco da Tradição esotérica que nos diz o Transcendente e o Imanente, enquanto nos passa o sentido dos Mitos Sagrados dos alvores da humanidade. Mas também nos reforça a convicção de que esse "vir e passar" vai além: perpassa!... Alcança no centro do teto, na incompleta representação de Orion, a atual e ainda parcial consecução da religiosidade mosaico-judáico-cristã. Por fim, aponta o futuro, um ponto: Fomalhaut, referência astronáutica, estrela alfa da Constelação do Peixe Austral que, no mítico passado, pertencia ao signo de Aquário... Enfim, Portais e Ciclos que um dia nos conduzirão à Fraternidade Universal!
Uma oração do Avesta diz: Anuncie, Zoroastro, que aqueles que amam as coisas do céu obterão uma excelente recompensa. E nós complementamos: desde que os "inventivos" não modifiquem o texto e o contexto da Abóbada Celeste!
BIBLIOGRAFIA:
Atlas Celeste – Ronaldo R. de F. Mourão
Cosmos – Carl Sagan
Dicionário das Religiões – o de J.R Hinnells e o de Mircea Elíade – Martins Fontes, SP
Dicionário de Símbolos – o de H. Bidermann e o de J-E.Cirlot
Esoterismo – Pierre A. Riffard
Mundo Egípcio, Grego e Mesopotâmico – Editora Del Prado