A Abóbada Celeste
- PROÊMIO AO ESTUDO DA ABÓBADA CELESTE -
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Ir.'. Adayr Paulo Modena - M.'. I.'.
Ilustração: Design by Chris
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"O QUE É NA VERDADE MAIS BELO QUE O CÉU, QUE, CERTAMENTE,
CONTÉM TODOS OS ATRIBUTOS DA BELEZA?
ISTO É PROCLAMADO POR SEUS VERDADEIROS NOMES,
"CAELUM" E "MUNDUS", ESTE ÚLTIMO SIGNIFICANDO CLAREZA E ORNAMENTO,
COMO A ESCULTURA ANTIGA."
COPÉRNICO - AS REVOLUÇÕES DAS ÓRBITAS CELESTES, 1543
Citadinos,
cercados por horizontes edificados, dificilmente olhamos para o alto:
esquecemos o firmamento! Ninguém mais tem ócio para contemplar.
Olvidamos os mitos celestes de antanho, e o céu passou a texto e
vivência da tecnologia. A abóbada celeste, palco outrora dos deuses e
dos heróis míticos, nada mais tem a dizer ao homem urbano, pois esse
cedeu seu lugar aos especialistas. Vênus? Três Marias? Sirius? Poucos
são aqueles que aprenderam a identificá-los, e sequer pensam em
apontá-los aos filhos.
Hoje,
conhecer os planetas e as constelações, seus mitos e estórias, é tão
útil, ou inútil, quanto saber o que significaram na História. Assim
pensa a maioria, seja ela citadina ou maçônica, e poucos cultuam a
celeste tradição de milênios...
Deploravelmente,
isso levou a deformações na Abóbada Celeste escocesa. Em alguns
templos, as modificações foram tantas que o "painel celeste"
desapareceu! E, absurdamente, o substituíram por um simulacro do céu
astronômico - pretensiosamente atualizado, enxameado de ene pontos
luminosos distribuídos a esmo. Assim, embora artisticamente embelezado e
provido de recursos técnicos, como se fora um planetário, ele nada
aponta e nada acrescenta à busca do Iniciado, a não ser mostrar seu
faiscante mutismo.
Por
outro lado, naquelas Lojas que conservaram os cânones celestes do Rito,
a sóbria abóbada também está emudecendo - calada por falta de
intérpretes!...
Na verdade, aquém e além do Pórtico, a cobertura celeste está dissociada de nossa vivência, seja ela maçônica ou profana.
Segundo
Carl Sagan, em "Cosmos", os homens são "filhos das estrelas".
Infelizmente, não enxergamos isso no dossel estrelado. Os Augustos
Mistérios que lá estão, jazem no dizer ritualístico, letra-morta, pois
não tentamos decifrá-los nem buscamos suas mensagens na Abóbada Celeste!
Exagero?
Talvez! Mas cultuamos o respeito à Tradição. E essa diz que o teto
estrelado das lojas escocesas é uma reminiscência do Antigo Egito que
cultuou sobremodo tal conhecimento, acolhido e normatizado no texto
inicial do ritual. Daí o nosso inconformismo com mudanças e amnésias ao
texto-padrão da cobertura estelar, uma tradição que nenhum maçom - não
importando seus títulos ou posição hierárquica - pode mudar, alterar ou
esquecer. Quando vemos isso acontecer, seja em reformas ou na construção
de templos, ficamos em dúvida sobre o apodo cabível a tais
iconoclastas: perjuros ou ignorantes! Pois, ou eles têm conhecimento do
texto que regula o assunto, e se colocam acima disso, ou o desconhecem,
e, no caso, não estão à altura do cargo ou encargo que exercem nem dos
conhecimentos que aparentam ter.
- Querem outra abóbada, céu ou teto? É fácil: troquem de rito!...
Feita
a inserção de nossa inconformidade - e veemente repúdio - com o
descumprimento da norma que regula o teto do Templo (páginas iniciais do
Ritual de Aprendiz do REAA - praticado pelas GGLL Brasileiras),
retornemos ao tema em estudo para mostrá-lo a luz de outros enfoques,
quiçá mais amenos.
Estórias
egípcias contam que Osíris, para presidir o tribunal das almas,
diariamente viajava do Oriente para Ocidente em sua "barca solar",
tripulada por fiéis vassalos - os glorificados (simbolizados nas
estrelas pintadas no teto da Câmara do Sarcófago Real). Por analogia,
identificamos os "reais companheiros" de então com os exaltados de hoje,
pois, seja há milênios ou nos dias atuais, neles e em nós, por extensão
e herança, continua perene o espírito e o trabalho de guardiães da
Tradição...
Neste
trabalho, com o arcaico "proêmio", forma em desuso para introdução,
buscamos realçar o nosso antagonismo às mudanças na abóbada, embora
conheçamos outros enfoques, não tão tradicionais quanto o nosso, dentre
eles os lavrados pelos renomados irmãos:
Hiran
L. Zoccoli, autor da obra "A Abóbada Celeste na Maçonaria", na qual diz
que após examinar divergentes estampas do céu maçônico, confrontando-as
com a diversidade dos tetos existentes, estudou os fundamentos da
Astronomia, concluindo pela incompatibilidade da presença concomitante
de tais aspectos na abóbada do templo maçônico. Daí apresentar e
postular, calcadas em padrões da Astronomia, duas novas abóbadas: uma
para as lojas do Hemisfério Norte, e outra para as do Sul. Nelas insere
todas as constelações zodiacais e todos os planetas conhecidos do
Sistema Solar, acrescentando na boreal a Estrela Polar e na austral a
constelação do Cruzeiro do Sul.
Evidentemente,
não concordamos com tal posicionamento. Os nossos fundamentos celestes
colidem. Enxergamos a perenidade da Tradição nas "figuras" rejeitadas
por Zocolli, enquanto ele, com os olhos da Ciência, buscou a
mutabilidade temporal e espacial do firmamento. Donde, a nossa mútua
exclusão de tetos...
José
Castellani, em diversas de suas obras, e nas revistas "A Trolha" e "O
Prumo", diz ser suficiente para Simbologia Maçônica que somente o Sol, a
Lua e as nuanças de cor Dia/Noite estejam na Abóbada Celeste, não sendo
essencial a presença dos planetas e estrelas, acrescentando que no
passado o teto das lojas ostentavam a representação (pentáculos) das
doze constelações zodiacais (Rev. "A Acácia" nº 29/1995).
Castellani,
conceituado pesquisador, parece preferir um modelo mais antigo da
Abóbada Celeste (similar à descrição feita por Prichard em 1730), mas
que entendemos válido só em outros Ritos ou, talvez, no Escocês de
Obediências não cingidas ao ritual de 1928 das GGLL.
E
mais, Castellani, quando mostra o céu maçônico - que diz conter as
constelações zodiacais - apresenta uma das "antigas estampas". Mas
comete aí um deslize! Aquela gravura, e outras similares, contêm
asterismos austrais, boreais, equatorial e somente quatro zodiacais:
Virgem, Touro, Leão e Escorpião! Constelações essas que foram os
primeiros "marcos" da estrada solar dos deuses celestes, onde mais tarde
se agregaram outros quatro e, finalmente, no século VI a.C. o
duodenário círculo ficou completo. Portanto, é importante frisar, a
Tradição não contempla o céu maçônico escocês com todo o zodíaco, mas
sim e somente com a representação daquelas que a antiga Mesopotâmia
formatou.
Concluindo,
é gratificante constatar que Castellani assevera ser correta a
decoração celeste que siga um padrão (e descreve o nosso), dizendo-o sem
estrelas a esmo e sem o Cruzeiro do Sul, que aponta como presente em
Templos irregulares (Cad. Est. Maç. nº 2 - J.Castellani - pág. 65).
Todo
prólogo busca cativar o leitor, predispondo-o em favor da obra que
apresenta. Propositadamente, fizemos o contrário: ressaltamos a
ignorância que paira sobre o tema em exame, a fim de motivar à ação de
conhecer e de restaurar a nossa tradicional abóbada celeste. Nessa
missão, nos lançamos à condição de palestrante e de articulista. Agora,
transcorrido um tempo razoável, constatamos que a palavra ecoou, mas com
pouca eficácia na comunicação escrita; faltou um texto convincente para
ativar a imaginação escocesa, fazendo-a recordar os porquês de sua
ancestral cobertura. Tal insight é um dos propósitos deste proêmio,
quiçá - a bem do Rito -, tenhamos êxito.
Até
aqui, de diferentes modos, expressamos a idéia de um painel presente no
teto do templo, realmente é isso que lá está, um grande mural ou um
enorme afresco. Como tal, não pode espelhar um momento específico ou
único do firmamento, mas sim, e simultaneamente, diversos. No mínimo,
tantos quantos são os astros presentes na simbólica e alegórica abóbada
arquitetada por ignotos mestres e deixada à decifração da posteridade
escocesa.
Ouvindo
amortecidos ecos da linguagem perdida da Tradição - traduzimos:- meu
sobrecéu - com os luzeiros do Dia e da Noite, nuvens, planetas e poucas
estrelas -, cobre do Setentrião ao Vale dos Reis ao Meio-Dia, de Albion
ao Ocaso ao mundo de Zoroastro no Nascente. Sob tal dossel vi nascer as
duas primeiras lojas míticas: a Operativa e a Escocesa! A primeira em
Jerusalém, no átrio do Templo em construção - a segunda na Escócia, na
Montanha de Heredon em Kilwinning. Acompanhei a construção dos "Castelos
de Mil Anos" no Antigo Egito, o Partenon grego, o Coliseu romano e os
trabalhos de levantar Catedrais na Europa. Presenciei a recepção dos
Aceitos, a Iniciação dos primeiros Especulativos e os magnos eventos
maçônicos de 1717. Dou voz à Astréia, Osíris, Cronos, Orion e a muitos
outros... Meus asterismos, isoladamente ou no conjunto de suas
constelações, evocam o trabalho feito em prol da Humanidade por todos os
grandes avatares, filósofos e líderes do Bem, e também simbolizam o
Direito, a Justiça, a Paz e a Fraternidade... Em síntese, com meus
astros e em suas recíprocas relações físicas e esotéricas, apresento o
conhecimento das estruturas míticas, espirituais, históricas e culturais
do mundo maçônico.
Duas
afirmações da "fala do teto" são basilares, portanto devem ser
imediatamente elucidadas (as demais ficam para trabalhos subsidiários),
são elas: a dos limites de cobertura e a do número restrito de estrelas.
Para a melhor compreensão, vamos vê-las separadamente:
a
primeira - quando declaramos que a loja tem a forma de um quadrilongo,
repetimos o conceito medieval de que o mundo conhecido não ia muito além
da bacia do Mediterrâneo ("o meio da terra"). Conhecimento que, embora
bem mais amplo, ainda perdurava entre os Operativos (séc. XI), pois
eles, e a maioria dos europeus de então, ainda entendiam a Terra como
plana e centrada em Jerusalém. Seus limites refletiam-se sideralmente:
ao Norte, a região da ignota e frígida Ursa Maior, ao Sul, as
ensoloradas paragens do Egito, com Fomalhaut tangenciando o horizonte,
e, longitudinalmente, o curso do Sol, dos páramos dos Reis Magos aos
abismos do ignoto Atlântico.
a
segunda - do quartado céu das estrelas reais do Mundo Antigo
(Mesopotâmia e adjacências), emergem as zodiacais Fomalhaut, Aldebaran,
Régulus e Antares, quando, há mais de 4000 a.C., sinalizavam o início
das estações. Saber celeste, e mágico, essencial aos ritos religiosos e
às atividades agrícolas de então. Conhecimento que Hesíodo,
contemporâneo de Homero, aponta como não casual em Os Trabalhos e Dias,
mas sábia combinação, pois,
na fase primitiva da agricultura, toda regra era uma observância
religiosa e moral, cujas leis tinham uma base prática para fazer crescer
as colheitas.
Os
Antigos, já vimos, tinham somente quatro estrelas reais, no entanto, o
texto escocês inclui, no noroeste do teto, mais uma em tal conjunto, e a
realça em vermelho - Arcturus, a mais brilhante estrela boreal. A
motivação de tal "realeza" explanamos noutro trabalho, contudo, convém
relembrar que tal asterismo por seu posicionamento, brilho e cor, tanto
pode simbolizar o R.'.E.'.A.'.A.'. quanto a primeira Grande Loja-Mãe do
Mundo...
Também
postas à reflexão escocesa, temos ainda as quinze estrelas "principais"
agrupadas em três conjuntos (3+5+7), acrescidas de mais sete da Ursa
Maior, totalizando 22. Curiosamente (?) tantos quantos são os
cabalísticos "Caminhos da Árvore da Vida"...
Completando
a totalidade de nossas poucas estrelas, sucintamente referenciadas,
falta mencionar que, com a Spica, estão todos os Mistérios gregos, com o
Sol (estrela de 5ª grandeza), todas as hierofonias, e - fechando o
conjunto estelar - com a estrela de cinco pontas, Sírio, está a magna
estrela do Egito.
Concluído
o exame, e totalizando-o, alcançamos o restrito número de trinta
estrelas! Por que tão poucas? Não seria mais lógico, condizente com o
Rito, se fossem 33 asterismos? Qual o significado dessa inconcludente
série?
Existem
algumas possíveis respostas, dentre elas, duas talvez correspondam à
idéia-mater dos longínquos mestres da abóbada. Uma decorre das trinta
dinastias egípcias, permitindo até acomodar a exclusão dos faraós não
autóctones; a outra, apontando a presença de estrelas binárias em
Sírius, Régulus e Antares (ocultas à visão desarmada), conclui:
30+3=33...
Zoroastro,
no Avesta, assim expressa a abóbada: "há as estrelas, que são os bons
pensamentos; as boas palavras são a Lua; e o Sol é as boas ações..."
Nós, sem tal expressividade poética, vamos dar continuidade ao nosso
périplo celeste, agora enfocando o Sistema Solar presente em nosso teto.
De chofre, uma descoberta: não é o do nosso tempo! É o do século XVII, o
dos primeiros "aceitos"! Pois ainda não contempla Urano, Netuno e
Plutão, mas já conhece anéis e satélites, através da luneta de Galileu, e
os faz representar em Saturno e não em Júpiter, embora tenham sido
descobertos 45 anos antes nesse do que naquele planeta. Paradoxo? Não!
Somente mais uma prova de que a Abóbada escocesa é solidária à Tradição e
não à Astronomia, pois em torno de Saturno - a jóia do céu - tais
"adornos" têm conotações esotéricas, o que não ocorre com os de Júpiter,
daí a presença de uns e a ausência de outros.
Além
disso, tal conformidade se reafirma, e se faz inequívoca, com a
exclusão de Marte (Ares) e a presença do seu antônimo, o anti-ares
(Antares), pois, repelindo aquele astro e acolhendo este, enfaticamente
expressa sua repulsa ao simbolismo do ferro e de irrestrita adesão ao
fundamental princípio de não-violência no Templo da Paz.
Diz
um provérbio hebraico ensinar o antigo é mais difícil que ensinar
coisas novas. Repelimos tal assertiva. Ela espelha e propaga a errônea
idéia de que a Tradição seja algo estagnado, ultrapassado e sem liames
com o presente. Neste trabalho, buscamos desmentir aquela máxima,
reafirmar a perenidade da Tradição e tornar fácil a recepção das
informações atinentes ao tema em pauta. Moveu-nos o propósito de mostrar
que é possível o "re-conhecimento" da Abóbada, da qual fizemos um
inacabado esboço, onde alguns astros sequer foram mencionados, uns já
publicados e outros em andamento, tais como:
Esses
títulos e outros abrem os trabalhos complementares em torno da Abóbada
Celeste. Portanto, ainda temos muito a navegar nos caminhos de nossa
jornada intelectual, que também será de auto-reconhecimento, através dos
arquétipos evocados...
Finalizando,
há uma indagação que já deveríamos ter elucidado quando buscamos
conciliar a quantidade de estrelas com os graus do Rito, ou com a
seqüência dinástica egípcia, pois ali estava o contexto pertinente para
mostrar por que só duas constelações são vistas na íntegra em nosso
teto. Ou seja, todas as constelações estão incompletas, com exceção da
Ursa Maior e Taurus. Por quê?
Evidentemente,
a resposta não cabe no espaço restrito do fecho deste prólogo. Porém
devemos - tal como já fizemos em antecedentes passagens -, deixá-la, no
mínimo, expressa de uma forma tal que permita o sumário entendimento do
seu arrazoado, o que implica na compreensão, segundo a ótica dos
Sarcófagos, de "elevação até o princípio" que entra, através do
hieróglifo "SBA"=estrela=porta, na composição de palavras como educar,
instruir, ensinamento...
A
Astronomia, a Religião e a Antropologia concordam em situar na
pré-história a formatação das duas primeiras constelações, a da Ursa
Maior e a de Taurus. Também lhes atribuem a mesma motivação ao nome que
ganharam - o das grandes feras que povoaram os terrores dos homens -, os
quais então, para exorcismá-las, as cultuaram. Coube à Grande Ursa o
primeiro destaque: o frio glacial, as grandes tempestades, a deificação
do Mal e do Caos... Posteriormente, avançando para as primeiras
manifestações da história mesopotâmica, quando o pavor já fora amainado
em temor, surge em substituição a "astrolatria" o que alguns
especialistas do Sagrado (Cirlot, dentre eles) denominam de
"astrobiologia", ou seja, a penetração recíproca da lei astronômica e da
vida vegetal e animal. Tudo é, ao mesmo tempo, organismo e ordem exata.
A agricultura e a pecuária obrigam a reprodução regular de espécies
nitidamente determinadas e o conhecimento de seu ritmo anual de
crescimento que está em relação direta e constante com o calendário,
quer dizer, com a posição de alguns astros. É o momento do grande Touro -
o mítico reprodutor que brama na voz do trovão -, anunciar a Primavera e
o "renascimento"...
Tais
símbolos arquétipos, como diria C. G. Jung, ficaram impressos no
inconsciente coletivo. Portanto, para simbolizar os primeiros passos no
sentido da compreensão dos Augustos Mistérios, o Rito Escocês acolheu
com destaque no conjunto de suas estrelas "principais" a representação
integral da Ursa Maior e de Taurus. Esotericamente é um realce encobrir
cânones - assim, o texto normativo ao expressar tais constelações de
modo velado, as salienta: a primeira não é dita com quantos asterismos
se compõe, e a segunda vem supressa de sua denominação estelar...
Concluindo,
em nossa abóbada escondem-se os princípios morais, as leis naturais, os
grandes contrastes e transformações que regem o transcurso da vida
cósmica e humana. Há em seu contexto um pensamento orientado. um eco da
Tradição esotérica que nos diz o Transcendente e o Imanente, enquanto
nos passa o sentido dos Mitos Sagrados dos alvores da humanidade. Mas
também nos reforça a convicção de que esse "vir e passar" vai além:
perpassa!... Alcança no centro do teto, na incompleta representação de
Orion, a atual e ainda parcial consecução da religiosidade
mosaico-judáico-cristã. Por fim, aponta o futuro, um ponto: Fomalhaut,
referência astronáutica, estrela alfa da Constelação do Peixe Austral
que, no mítico passado, pertencia ao signo de Aquário... Enfim, Portais e
Ciclos que um dia nos conduzirão à Fraternidade Universal!
Uma
oração do Avesta diz: Anuncie, Zoroastro, que aqueles que amam as
coisas do céu obterão uma excelente recompensa. E nós complementamos:
desde que os "inventivos" não modifiquem o texto e o contexto da Abóbada
Celeste!
BIBLIOGRAFIA:
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